Ansiedade e Depressão podem ter origem em traumas emocionais
As consequências psiquiátricas da exposição humana ao trauma são tão antigas quanto a história da humanidade, e muitos transtornos psiquiátricos, como ansiedade ou depressão, podem ser consequência de algum trauma.
Essas situações traumáticas podem ter ocorrido num passado remoto, e incluem as mais diversas formas de violência, de abuso emocional, desastres ou epidemias de doenças, e ainda diversas formas de brutalidade, como sequestro, ou violência sexual.
Além de situações agudas, sofrer abuso emocional prolongado, dos mais diversos tipos, é uma condição que favorece esse transtorno. A violência física e o abuso emocional domésticos, que geralmente ocorrem entre quatro paredes, leva a consequências nefastas.
Uma das consequências dessas situações é que a pessoa acometida pode passar a apresentar revivências do acontecimento. Em outras palavras, a pessoa é impedida de esquecer o que se passou, já que é literalmente invadida por recordações aflitivas, pensamentos ou imagens. Outros podem ainda ter sonhos bastante desagradáveis, tendo sempre como tema momentos da situação traumática.
Já outras pessoas podem nem mesmo lembrar com facilidade do trauma, o cérebro toma medidas protetivas para que os acontecimentos não venham facilmente à memória, mas sob certas condições, passam a sentir ou agir como se o evento traumático estivesse acontecendo novamente.
Essa volta do trauma pode se manifestar sob a forma de um sentimento de revivência da experiência, ou ainda por extremo desconforto quando é exposto a indícios que simbolizam ou lembram algum aspecto do evento traumático.
Em geral, as pessoas que estão desenvolvendo o quadro tentam evitar toda e qualquer situação que possa lembrar do fato traumático, fugindo ativamente de pensamentos e sentimentos relacionados ao trauma, realizando grandes esforços para evitar atividades, lugares ou pessoas que lembrem a situação traumática. Para muitos, ocorre incapacidade de recordar um ou mais aspectos do trauma, um mecanismo de defesa do cérebro para evitar a dor da situação.
Também podem ocorrer sintomas de excitação do sistema nervoso, como dificuldade em adormecer ou manter o sono, irritabilidade ou crises de raiva, dificuldade de concentração, ou ainda resposta de sobressalto exagerada, o que pode levar a diagnósticos apressados de ansiedade ou depressão.
Os sintomas podem ocorrer em qualquer idade, no geral tem início nos 3 primeiros meses após o evento traumático, mas pode ocorrer um intervalo sem sintomas de meses ou mesmo muitos anos, quando então passa a se manifestar.
Tanto o aparecimento quanto o curso do transtorno podem ser influenciados por experiências na infância, variáveis da personalidade, passado de outros transtornos psiquiátricos, suporte social e história familiar. Mas é comum desenvolver-se em pessoas sem nenhum tipo de problema emocional, em especial se o acontecimento for particularmente extremo ou prolongado, como o abuso emocional.
O transtorno pode perdurar por anos a fio, é de curso crônico, com apenas 50 % dos pacientes tendo cura espontânea nos primeiros dois anos após o incidente. Infelizmente, para a maioria dos que não se recuperam, os sintomas permanecem por 15 ou mais anos.
Em geral o quadro é acompanhado de outros transtornos psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade, transtorno de pânico, ansiedade social e abuso de substâncias. O custo social também é alto, indivíduos que sofrem desse transtorno têm índices maiores que a população geral de dificuldade escolar, dificuldade no trabalho e de relacionamento interpessoal.
O fundamental aqui é ressaltar que sofrer desproporcionalmente após um acontecimento traumático merece tratamento psiquiátrico, o sofrimento não pode ser considerado uma consequência natural, inevitável.
Muitas vítimas acabam ouvindo conselhos bem-intencionados de que devem tentar esquecer o que passou, mas simplesmente não conseguem. A realidade é que os acontecimentos traumáticos podem simplesmente congelar em áreas específicas de memória do cérebro, e se recusam a ir embora somente com o esforço pessoal.
Nesse momento há necessidade de tratamento adequado. Até 9 em cada 100 pessoas no mundo todo acabam desenvolvendo o transtorno de estresse pós-traumático. Isso sem considerar populações de risco, como vítimas de violência em áreas ou situações críticas, quando as taxas pulam para até 58 %. Sabe-se também que quando ocorrem múltiplos acontecimentos traumáticos, a incidência dobra.
Quanto mais grave o trauma, mais especializado deve ser o tratamento, sendo as chances de cura espontânea, sem tratamento adequado, praticamente nulas.
Cyro Masci é médico psiquiatra em São Paulo e atua em clínica privada com abordagem médica, que une a medicina convencional com diversas formas de tratamento não convencionais. Saiba mais em https://linktr.ee/cyromasci
Ansiedade e Depressão podem ter origem em traumas emocionais
As consequências psiquiátricas da exposição humana ao trauma são tão antigas quanto a história da humanidade, e muitos transtornos psiquiátricos, como ansiedade ou depressão, podem ser consequência de algum trauma.
Essas situações traumáticas podem ter ocorrido num passado remoto, e incluem as mais diversas formas de violência, de abuso emocional, desastres ou epidemias de doenças, e ainda diversas formas de brutalidade, como sequestro, ou violência sexual.
Além de situações agudas, sofrer abuso emocional prolongado, dos mais diversos tipos, é uma condição que favorece esse transtorno. A violência física e o abuso emocional domésticos, que geralmente ocorrem entre quatro paredes, leva a consequências nefastas.
Uma das consequências dessas situações é que a pessoa acometida pode passar a apresentar revivências do acontecimento. Em outras palavras, a pessoa é impedida de esquecer o que se passou, já que é literalmente invadida por recordações aflitivas, pensamentos ou imagens. Outros podem ainda ter sonhos bastante desagradáveis, tendo sempre como tema momentos da situação traumática.
Já outras pessoas podem nem mesmo lembrar com facilidade do trauma, o cérebro toma medidas protetivas para que os acontecimentos não venham facilmente à memória, mas sob certas condições, passam a sentir ou agir como se o evento traumático estivesse acontecendo novamente.
Essa volta do trauma pode se manifestar sob a forma de um sentimento de revivência da experiência, ou ainda por extremo desconforto quando é exposto a indícios que simbolizam ou lembram algum aspecto do evento traumático.
Em geral, as pessoas que estão desenvolvendo o quadro tentam evitar toda e qualquer situação que possa lembrar do fato traumático, fugindo ativamente de pensamentos e sentimentos relacionados ao trauma, realizando grandes esforços para evitar atividades, lugares ou pessoas que lembrem a situação traumática. Para muitos, ocorre incapacidade de recordar um ou mais aspectos do trauma, um mecanismo de defesa do cérebro para evitar a dor da situação.
Também podem ocorrer sintomas de excitação do sistema nervoso, como dificuldade em adormecer ou manter o sono, irritabilidade ou crises de raiva, dificuldade de concentração, ou ainda resposta de sobressalto exagerada, o que pode levar a diagnósticos apressados de ansiedade ou depressão.
Os sintomas podem ocorrer em qualquer idade, no geral tem início nos 3 primeiros meses após o evento traumático, mas pode ocorrer um intervalo sem sintomas de meses ou mesmo muitos anos, quando então passa a se manifestar.
Tanto o aparecimento quanto o curso do transtorno podem ser influenciados por experiências na infância, variáveis da personalidade, passado de outros transtornos psiquiátricos, suporte social e história familiar. Mas é comum desenvolver-se em pessoas sem nenhum tipo de problema emocional, em especial se o acontecimento for particularmente extremo ou prolongado, como o abuso emocional.
O transtorno pode perdurar por anos a fio, é de curso crônico, com apenas 50 % dos pacientes tendo cura espontânea nos primeiros dois anos após o incidente. Infelizmente, para a maioria dos que não se recuperam, os sintomas permanecem por 15 ou mais anos.
Em geral o quadro é acompanhado de outros transtornos psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade, transtorno de pânico, ansiedade social e abuso de substâncias. O custo social também é alto, indivíduos que sofrem desse transtorno têm índices maiores que a população geral de dificuldade escolar, dificuldade no trabalho e de relacionamento interpessoal.
O fundamental aqui é ressaltar que sofrer desproporcionalmente após um acontecimento traumático merece tratamento psiquiátrico, o sofrimento não pode ser considerado uma consequência natural, inevitável.
Muitas vítimas acabam ouvindo conselhos bem-intencionados de que devem tentar esquecer o que passou, mas simplesmente não conseguem. A realidade é que os acontecimentos traumáticos podem simplesmente congelar em áreas específicas de memória do cérebro, e se recusam a ir embora somente com o esforço pessoal.
Nesse momento há necessidade de tratamento adequado. Até 9 em cada 100 pessoas no mundo todo acabam desenvolvendo o transtorno de estresse pós-traumático. Isso sem considerar populações de risco, como vítimas de violência em áreas ou situações críticas, quando as taxas pulam para até 58 %. Sabe-se também que quando ocorrem múltiplos acontecimentos traumáticos, a incidência dobra.
Quanto mais grave o trauma, mais especializado deve ser o tratamento, sendo as chances de cura espontânea, sem tratamento adequado, praticamente nulas.
Cyro Masci é médico psiquiatra em São Paulo e atua em clínica privada com abordagem médica, que une a medicina convencional com diversas formas de tratamento não convencionais. Saiba mais em https://linktr.ee/cyromasci