Como enfrentar conflitos com as pessoas de modo assertivo
As pessoas pensam, sentem e agem de modo diferente. Por isso, é inevitável que em determinados momentos ocorra um conflito entre você e os outros. Nesses momentos, a maioria das pessoas ou fica numa atitude passiva, engolindo tudo e desrespeitando a si mesmo, ou então cai no outro extremo, impondo de modo agressivo suas opiniões numa postura hostil.
Quem age de modo submisso está tentando a todo custo evitar conflito. Quando seu comportamento é passivo, você coloca os desejos e necessidades dos outros bem à frente dos seus. Você coloca os outros em posição de fazer escolhas por você e/ou tirar vantagem da sua pessoa. Tudo tem um preço, e o custo desse comportamento é uma baixa na autoestima, perda do autorrespeito e da dignidade.
Já quem tende à agressividade está claramente tentando obter o controle ou poder na situação. Quando seu comportamento se torna agressivo, você expressa suas necessidades de maneira hostil, sem tato, com rancor. Sua necessidade imediata de controle e poder pode até ser satisfeita, mas em geral as pessoas mais cedo ou mais tarde irão responder também de modo hostil, resistindo a cooperar por todos os meios que dispuser. E mesmo que isso não aconteça, pessoas agressivas em geral são evitadas, o que acaba tornando-as bastante isoladas.
Um terceiro modo de enfrentar um conflito é adotando uma postura chamada de comportamento passivo-agressivo, que em bom português significa adotar comportamento birrento ou manipulativo.
Para pessoas que não se acham capazes de enfrentar diretamente o problema, ou melhor, de expressar de modo correto suas necessidades, uma saída pode ser ficar amuado, de mau humor, transmitindo seu descontentamento e ressentimento por exemplo calando-se e ficando emburrada, transmitindo o descontentamento de maneira indireta com um péssimo humor e irritabilidade, esperando que com isso a pessoa se sinta culpada ou preocupada, e desse modo mude ou aceite suas necessidades em troca de uma cooperação de sua parte.
Diferentemente desses modos de enfrentar as dificuldades, que na maioria das vezes acaba dando origem a mais problemas, existe a alternativa de ser assertivo, que de modo resumido é um meio termo entre ceder ou destruir, entre a passividade e a agressão, ente engolir ou agredir. É uma maneira de relacionar-se permitindo resolver conflitos de modo a conseguir satisfazer as necessidades pessoais e a dos outros.
Em contraste com os outros comportamentos, ser assertivo envolve reconhecer a necessidade do outro, aceitando ou dizendo não de uma maneira simples, clara, não manipulativa. Você comunica suas necessidades e sentimentos de maneira honesta e direta, mantendo respeito e consideração pelo outro.
Isso significa relacionar-se sem nunca fazer uma leitura da mente da outra pessoa, sem inferir as intenções, mas simplesmente reconhecer as necessidades e direitos do outro, expor as suas e tentar chegar a um meio termo que satisfaça a todos.
Considere por exemplo uma mãe ou um pai que entra no quarto do filho adolescente e já perde a paciência dizendo coisas como “será que você não consegue ser organizado? Será que não dá para ter um pouco de consideração e respeito? Já pedi milhões de vezes para você guardar sua roupa no armário.”
O conteúdo do que se falou pode estar totalmente correto, o quarto está quase sempre uma bagunça, mas a falha está no modo como foi comunicado, na falta de assertividade.
Uma conversa que não seja nem agressiva e nem passiva teria como início algo como: “sei que você tem coisas bem mais interessantes para fazer que ficar arrumando seu quarto, mas quando você deixa as roupas para fora isso acaba por me obrigar a guardá-las, o que não é justo, já que tenho também coisas para fazer. Por isso, gostaria que você guardasse as suas roupas dentro do armário antes de sair de casa. Com isso todos ficaremos felizes e você poderá ir cuidar de coisas mais interessantes.”
Claro que a vida não é tão simples assim, que a conversa possivelmente ainda continue com mais alguns conflitos a serem resolvidos, mas o importante é que não aconteceu uma briga logo de saída, que se abriu as portas para a negociação.
A vida não é como um jogo de futebol, onde quando um time ganha o outro necessariamente perde. Aprender a relacionar-se de um modo em que todos ganhem infelizmente ainda não é ensinado de modo consistente nas escolas, mas esse não é um motivo para se desistir facilmente diante do desafio de resolver conflitos com a maior harmonia possível.
Afinal, quem sai de casa pela manhã e espera não ter dificuldades no relacionamento com pessoas durante o dia, ou acredita que não irá encontrar ninguém pela frente, ou já conhece bem os princípios da assertividade.
Cyro Masci é médico psiquiatra em São Paulo e atua com abordagem médica, que une a medicina convencional com diversas formas de tratamento não convencionais. Saiba mais em https://linktr.ee/cyromasci .
Como enfrentar conflitos com as pessoas de modo assertivo
As pessoas pensam, sentem e agem de modo diferente. Por isso, é inevitável que em determinados momentos ocorra um conflito entre você e os outros. Nesses momentos, a maioria das pessoas ou fica numa atitude passiva, engolindo tudo e desrespeitando a si mesmo, ou então cai no outro extremo, impondo de modo agressivo suas opiniões numa postura hostil.
Quem age de modo submisso está tentando a todo custo evitar conflito. Quando seu comportamento é passivo, você coloca os desejos e necessidades dos outros bem à frente dos seus. Você coloca os outros em posição de fazer escolhas por você e/ou tirar vantagem da sua pessoa. Tudo tem um preço, e o custo desse comportamento é uma baixa na autoestima, perda do autorrespeito e da dignidade.
Já quem tende à agressividade está claramente tentando obter o controle ou poder na situação. Quando seu comportamento se torna agressivo, você expressa suas necessidades de maneira hostil, sem tato, com rancor. Sua necessidade imediata de controle e poder pode até ser satisfeita, mas em geral as pessoas mais cedo ou mais tarde irão responder também de modo hostil, resistindo a cooperar por todos os meios que dispuser. E mesmo que isso não aconteça, pessoas agressivas em geral são evitadas, o que acaba tornando-as bastante isoladas.
Um terceiro modo de enfrentar um conflito é adotando uma postura chamada de comportamento passivo-agressivo, que em bom português significa adotar comportamento birrento ou manipulativo.
Para pessoas que não se acham capazes de enfrentar diretamente o problema, ou melhor, de expressar de modo correto suas necessidades, uma saída pode ser ficar amuado, de mau humor, transmitindo seu descontentamento e ressentimento por exemplo calando-se e ficando emburrada, transmitindo o descontentamento de maneira indireta com um péssimo humor e irritabilidade, esperando que com isso a pessoa se sinta culpada ou preocupada, e desse modo mude ou aceite suas necessidades em troca de uma cooperação de sua parte.
Diferentemente desses modos de enfrentar as dificuldades, que na maioria das vezes acaba dando origem a mais problemas, existe a alternativa de ser assertivo, que de modo resumido é um meio termo entre ceder ou destruir, entre a passividade e a agressão, ente engolir ou agredir. É uma maneira de relacionar-se permitindo resolver conflitos de modo a conseguir satisfazer as necessidades pessoais e a dos outros.
Em contraste com os outros comportamentos, ser assertivo envolve reconhecer a necessidade do outro, aceitando ou dizendo não de uma maneira simples, clara, não manipulativa. Você comunica suas necessidades e sentimentos de maneira honesta e direta, mantendo respeito e consideração pelo outro.
Isso significa relacionar-se sem nunca fazer uma leitura da mente da outra pessoa, sem inferir as intenções, mas simplesmente reconhecer as necessidades e direitos do outro, expor as suas e tentar chegar a um meio termo que satisfaça a todos.
Considere por exemplo uma mãe ou um pai que entra no quarto do filho adolescente e já perde a paciência dizendo coisas como “será que você não consegue ser organizado? Será que não dá para ter um pouco de consideração e respeito? Já pedi milhões de vezes para você guardar sua roupa no armário.”
O conteúdo do que se falou pode estar totalmente correto, o quarto está quase sempre uma bagunça, mas a falha está no modo como foi comunicado, na falta de assertividade.
Uma conversa que não seja nem agressiva e nem passiva teria como início algo como: “sei que você tem coisas bem mais interessantes para fazer que ficar arrumando seu quarto, mas quando você deixa as roupas para fora isso acaba por me obrigar a guardá-las, o que não é justo, já que tenho também coisas para fazer. Por isso, gostaria que você guardasse as suas roupas dentro do armário antes de sair de casa. Com isso todos ficaremos felizes e você poderá ir cuidar de coisas mais interessantes.”
Claro que a vida não é tão simples assim, que a conversa possivelmente ainda continue com mais alguns conflitos a serem resolvidos, mas o importante é que não aconteceu uma briga logo de saída, que se abriu as portas para a negociação.
A vida não é como um jogo de futebol, onde quando um time ganha o outro necessariamente perde. Aprender a relacionar-se de um modo em que todos ganhem infelizmente ainda não é ensinado de modo consistente nas escolas, mas esse não é um motivo para se desistir facilmente diante do desafio de resolver conflitos com a maior harmonia possível.
Afinal, quem sai de casa pela manhã e espera não ter dificuldades no relacionamento com pessoas durante o dia, ou acredita que não irá encontrar ninguém pela frente, ou já conhece bem os princípios da assertividade.
Cyro Masci é médico psiquiatra em São Paulo e atua com abordagem médica, que une a medicina convencional com diversas formas de tratamento não convencionais. Saiba mais em https://linktr.ee/cyromasci .