Síndrome de Burnout: 8 sinais e alertas do esgotamento profissional
(Texto revisto e atualizado em agosto de 2024)
Embora não existam pesquisas definitivas sobre o número de acometidos, é possível estimar que algo em torno de 30% da população adulta e que trabalha sofra de Burnout. Isso se forem consideradas também as fases iniciais do problema.
Estudos divulgados recentemente, como o realizado pelo instituto Kantar Inclusion Index, com avaliação de 18 mil funcionários de 14 países, inclusive o Brasil, a pesquisa revelou que 29% dizem sentir sintomas ligados ao problema, como fadiga avassaladora ou perda de energia.
Além das perdas financeiras de difícil estimativa, o grande sofrimento de quem padece da síndrome de Burnout leva à necessidade de conhecer os principais sinais e sintomas. Quanto mais precoce a busca para tratamento especializado, melhores as chances de recuperação.
Oito sinais e alertas indicativos de Burnout:
- Grande cansaço e exaustão emocional, que parecem não melhorar com repouso habitual. É como se você fosse um smartphone com a bateria viciada – por mais que recarregue, nunca atinge 100%. Além da necessidade de maior esforço para realizar as atividades profissionais, com dificuldade para permanecer engajado no trabalho, ocorre a exaustão emocional, que é um estado de sentir-se drenado nas energias, sem força, motivação ou esperança de tomar as rédeas da própria vida e seguir em frente.
- Pessimismo, irritabilidade e cinismo são sinais precoces de Burnout. Na verdade, trata-se de uma reação automática do cérebro. É como se ele fosse um guarda-chuva tentando se fechar em meio a uma tempestade de demandas. Assim, o cérebro modifica o estado de humor, que passa a ser irritadiço, ‘pavio curto’, de baixa tolerância numa tentativa automática e inconsciente de afastar as pessoas e situações que estão provocando ou agravando a sobrecarga.
- Perda do foco e concentração. Esse sintoma de Burnout pode se revelar ao se gerenciar várias tarefas, ou ainda apenas quando a pessoa enfrenta aumento na pressão. É como tentar manter o equilíbrio em uma corda bamba enquanto malabaristas jogam mais e mais bolas para você segurar.
- Queda na motivação. O que antes eram situações desafiantes tornam-se problemas chatos, irritantes e sem sentido. É como se o seu trabalho, antes um jardim florescente, agora parecesse um deserto árido. É comum, por exemplo, a experiência de sentir grande desânimo aos domingos, e não se trata da melancolia por acabar o dia de repouso. O motivo principal, e muitas vezes oculto, é a preocupação ou temor de enfrentar uma nova semana de trabalho.
- Mudança nos hábitos de sono. O Burnout pode afetar o sono de duas maneiras. Uma é dificuldade em adormecer devido à preocupação sobre as necessidades do trabalho no dia seguinte – como um hamster preso em uma roda que não para de girar. E o cansaço pode ser tanto que o acometido procura a cama tão logo chegue em casa. A exaustão também torna muitas vezes difícil levantar da cama e encarar mais um dia de trabalho – como se seus lençóis fossem areia movediça.
- Dores e mal-estar. Pesquisas recentes indicam que muitas queixas corporais podem estar relacionadas ao Burnout, como dores de cabeça, no estômago ou desarranjo intestinal. É como se seu corpo fosse um carro com várias luzes de alerta piscando no painel. Pode ocorrer ainda mudança na pressão arterial ou desencadeamento de doenças como diabetes.
- Perda ou redução no prazer no trabalho. Qualquer pessoa envolvida com um trabalho que considere gratificante, realizador, sente satisfação quando metas são atingidas, quando soluções são encontradas, celebrando e sendo cumprimentado pelo bom trabalho. O Burnout solapa o senso de realização pessoal, e quem sofre seus efeitos pode sentir-se insatisfeito, infeliz mesmo, apesar do sucesso. É como um chef que perdeu o paladar – mesmo criando pratos incríveis, não consegue mais sentir o sabor de suas criações.
- Queda na produtividade. A capacidade de realizar o trabalho cai muito, ou exige um enorme esforço para manter a mesma capacidade que tinha antes do Burnout se instalar. É como tentar correr uma maratona com pesos amarrados aos tornozelos. E, para complicar, muitas pessoas nesse estado tentam superar o problema trabalhando mais duro, mais horas, com mais afinco, o que só aumenta a sobrecarga e piora o Burnout.
Quando buscar ajuda para o Burnout
Embora a síndrome de Burnout seja uma enfermidade relacionada ao trabalho, é preciso diferenciar a exaustão que acontece por causa do trabalho da fadiga que pode acontecer no ambiente de trabalho, sem que a atividade seja, necessariamente, a causa principal.
Independentemente da origem, a exaustão não deve ser atribuída como uma consequência óbvia ao estresse. A partir da instalação do Burnout, ocorre comprometimento de vários sistemas de autorregulação do organismo que exigem auxílio externo.
Estresse não é o mesmo que esgotamento profissional, e se há suspeita de Burnout, é hora de procurar profissionais especializados para diagnosticá-lo corretamente e indicar tratamentos que devem ir além dos sintomas, abarcando os diversos fatores que dão origem ao problema.
Síndrome de Burnout: 8 sinais e alertas do esgotamento profissional
(Texto revisto e atualizado em agosto de 2024)
Embora não existam pesquisas definitivas sobre o número de acometidos, é possível estimar que algo em torno de 30% da população adulta e que trabalha sofra de Burnout. Isso se forem consideradas também as fases iniciais do problema.
Estudos divulgados recentemente, como o realizado pelo instituto Kantar Inclusion Index, com avaliação de 18 mil funcionários de 14 países, inclusive o Brasil, a pesquisa revelou que 29% dizem sentir sintomas ligados ao problema, como fadiga avassaladora ou perda de energia.
Além das perdas financeiras de difícil estimativa, o grande sofrimento de quem padece da síndrome de Burnout leva à necessidade de conhecer os principais sinais e sintomas. Quanto mais precoce a busca para tratamento especializado, melhores as chances de recuperação.
Oito sinais e alertas indicativos de Burnout:
- Grande cansaço e exaustão emocional, que parecem não melhorar com repouso habitual. É como se você fosse um smartphone com a bateria viciada – por mais que recarregue, nunca atinge 100%. Além da necessidade de maior esforço para realizar as atividades profissionais, com dificuldade para permanecer engajado no trabalho, ocorre a exaustão emocional, que é um estado de sentir-se drenado nas energias, sem força, motivação ou esperança de tomar as rédeas da própria vida e seguir em frente.
- Pessimismo, irritabilidade e cinismo são sinais precoces de Burnout. Na verdade, trata-se de uma reação automática do cérebro. É como se ele fosse um guarda-chuva tentando se fechar em meio a uma tempestade de demandas. Assim, o cérebro modifica o estado de humor, que passa a ser irritadiço, ‘pavio curto’, de baixa tolerância numa tentativa automática e inconsciente de afastar as pessoas e situações que estão provocando ou agravando a sobrecarga.
- Perda do foco e concentração. Esse sintoma de Burnout pode se revelar ao se gerenciar várias tarefas, ou ainda apenas quando a pessoa enfrenta aumento na pressão. É como tentar manter o equilíbrio em uma corda bamba enquanto malabaristas jogam mais e mais bolas para você segurar.
- Queda na motivação. O que antes eram situações desafiantes tornam-se problemas chatos, irritantes e sem sentido. É como se o seu trabalho, antes um jardim florescente, agora parecesse um deserto árido. É comum, por exemplo, a experiência de sentir grande desânimo aos domingos, e não se trata da melancolia por acabar o dia de repouso. O motivo principal, e muitas vezes oculto, é a preocupação ou temor de enfrentar uma nova semana de trabalho.
- Mudança nos hábitos de sono. O Burnout pode afetar o sono de duas maneiras. Uma é dificuldade em adormecer devido à preocupação sobre as necessidades do trabalho no dia seguinte – como um hamster preso em uma roda que não para de girar. E o cansaço pode ser tanto que o acometido procura a cama tão logo chegue em casa. A exaustão também torna muitas vezes difícil levantar da cama e encarar mais um dia de trabalho – como se seus lençóis fossem areia movediça.
- Dores e mal-estar. Pesquisas recentes indicam que muitas queixas corporais podem estar relacionadas ao Burnout, como dores de cabeça, no estômago ou desarranjo intestinal. É como se seu corpo fosse um carro com várias luzes de alerta piscando no painel. Pode ocorrer ainda mudança na pressão arterial ou desencadeamento de doenças como diabetes.
- Perda ou redução no prazer no trabalho. Qualquer pessoa envolvida com um trabalho que considere gratificante, realizador, sente satisfação quando metas são atingidas, quando soluções são encontradas, celebrando e sendo cumprimentado pelo bom trabalho. O Burnout solapa o senso de realização pessoal, e quem sofre seus efeitos pode sentir-se insatisfeito, infeliz mesmo, apesar do sucesso. É como um chef que perdeu o paladar – mesmo criando pratos incríveis, não consegue mais sentir o sabor de suas criações.
- Queda na produtividade. A capacidade de realizar o trabalho cai muito, ou exige um enorme esforço para manter a mesma capacidade que tinha antes do Burnout se instalar. É como tentar correr uma maratona com pesos amarrados aos tornozelos. E, para complicar, muitas pessoas nesse estado tentam superar o problema trabalhando mais duro, mais horas, com mais afinco, o que só aumenta a sobrecarga e piora o Burnout.
Quando buscar ajuda para o Burnout
Embora a síndrome de Burnout seja uma enfermidade relacionada ao trabalho, é preciso diferenciar a exaustão que acontece por causa do trabalho da fadiga que pode acontecer no ambiente de trabalho, sem que a atividade seja, necessariamente, a causa principal.
Independentemente da origem, a exaustão não deve ser atribuída como uma consequência óbvia ao estresse. A partir da instalação do Burnout, ocorre comprometimento de vários sistemas de autorregulação do organismo que exigem auxílio externo.
Estresse não é o mesmo que esgotamento profissional, e se há suspeita de Burnout, é hora de procurar profissionais especializados para diagnosticá-lo corretamente e indicar tratamentos que devem ir além dos sintomas, abarcando os diversos fatores que dão origem ao problema.