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O que fazer quando alguém lhe tira do sério?

O que fazer quando alguém lhe tira do sério?

Jean-Paul Sartre, o filósofo francês, dizia que “o inferno são os outros”. Essa visão, apesar de pessimista, reflete um problema comum: somos seres inerentemente sociais e, inevitavelmente, encontraremos pessoas que nos tiram do sério. Mas, o que fazer quando encontramos alguém que parece ter o poder de nos desestabilizar?

Uma alternativa interessante é retirar o foco e o poder externo e retomar o controle. Esse processo pode ser realizado em três fases.

A primeira fase é desativar o piloto automático. Nosso sistema de resposta a ameaças, diante de uma situação interpessoal desconfortável, ativa vários mecanismos de defesa. O meio mais rápido e prático de reduzir a carga emocional é através da respiração. Inspire lentamente pelo nariz, segure o ar por alguns instantes e solte-o muito lentamente pela boca. Esse tempo prolongado de expiração é decisivo para reduzir ou até interromper qualquer reação automática. Se estiver diante do interlocutor, amplie o foco. Não se concentre apenas no conflito; enquanto respira, olhe para algum canto da sala e note a textura, as cores. Não se perca no estímulo. Respire, amplie o foco e mude o canal de entrada de estímulo do cérebro.

A segunda fase é reenquadrar a dificuldade. Pense nela como um “gatilho” e não como uma “causa”. Encarar dessa forma já faz com que a pessoa assuma o controle. Gatilhos emocionais são estímulos que provocam respostas automáticas. Injustiça ou aviltamento levam à raiva. Agressão aciona a reação de luta, fuga ou paralisação. Perda resulta em tristeza. E ameaça causa medo, se a ameaça for no presente, ou ansiedade, se for no futuro.

A terceira fase é refletir sobre o que o gatilho provocou. Qual foi a interpretação? Essa é a hora de fazer o dever de casa e parar para refletir sobre o que pode ser aprendido com a situação. Qual é a oportunidade de crescimento que o encontro proporcionou? O que deve ser mudado, se é que algo pode ser mudado? E se vale a pena, e é possível, afastar-se daquela fonte de problemas.

Retomar o controle quando alguém nos tira do sério é um exercício de autoconhecimento e resiliência. Respirar profundamente, reenquadrar a dificuldade e refletir sobre a situação são passos essenciais para manter a calma e a clareza mental. Enfrentar esses desafios com uma perspectiva mais ampla pode transformar conflitos em oportunidades de crescimento, fortalecendo nossa capacidade de lidar com as adversidades da vida.

E, se nada mais funcionar, se as estratégias não derem certo para você, siga em frente. Não fique empacado na crítica ou no conflito. Pense no que essa situação representará daqui a um mês, um ano, dez anos ou cem anos. Nesse último caso, não terá mais nenhuma importância, afinal, ninguém sai desta vida vivo!

Dr Cyro Masci - autor 1
Autor: Dr. Cyro Masci
CREMESP 39126
Psiquiatra RQE CFM 9738
Psiquiatria Integrativa

O que fazer quando alguém lhe tira do sério?

O que fazer quando alguém lhe tira do sério?

Jean-Paul Sartre, o filósofo francês, dizia que “o inferno são os outros”. Essa visão, apesar de pessimista, reflete um problema comum: somos seres inerentemente sociais e, inevitavelmente, encontraremos pessoas que nos tiram do sério. Mas, o que fazer quando encontramos alguém que parece ter o poder de nos desestabilizar?

Uma alternativa interessante é retirar o foco e o poder externo e retomar o controle. Esse processo pode ser realizado em três fases.

A primeira fase é desativar o piloto automático. Nosso sistema de resposta a ameaças, diante de uma situação interpessoal desconfortável, ativa vários mecanismos de defesa. O meio mais rápido e prático de reduzir a carga emocional é através da respiração. Inspire lentamente pelo nariz, segure o ar por alguns instantes e solte-o muito lentamente pela boca. Esse tempo prolongado de expiração é decisivo para reduzir ou até interromper qualquer reação automática. Se estiver diante do interlocutor, amplie o foco. Não se concentre apenas no conflito; enquanto respira, olhe para algum canto da sala e note a textura, as cores. Não se perca no estímulo. Respire, amplie o foco e mude o canal de entrada de estímulo do cérebro.

A segunda fase é reenquadrar a dificuldade. Pense nela como um “gatilho” e não como uma “causa”. Encarar dessa forma já faz com que a pessoa assuma o controle. Gatilhos emocionais são estímulos que provocam respostas automáticas. Injustiça ou aviltamento levam à raiva. Agressão aciona a reação de luta, fuga ou paralisação. Perda resulta em tristeza. E ameaça causa medo, se a ameaça for no presente, ou ansiedade, se for no futuro.

A terceira fase é refletir sobre o que o gatilho provocou. Qual foi a interpretação? Essa é a hora de fazer o dever de casa e parar para refletir sobre o que pode ser aprendido com a situação. Qual é a oportunidade de crescimento que o encontro proporcionou? O que deve ser mudado, se é que algo pode ser mudado? E se vale a pena, e é possível, afastar-se daquela fonte de problemas.

Retomar o controle quando alguém nos tira do sério é um exercício de autoconhecimento e resiliência. Respirar profundamente, reenquadrar a dificuldade e refletir sobre a situação são passos essenciais para manter a calma e a clareza mental. Enfrentar esses desafios com uma perspectiva mais ampla pode transformar conflitos em oportunidades de crescimento, fortalecendo nossa capacidade de lidar com as adversidades da vida.

E, se nada mais funcionar, se as estratégias não derem certo para você, siga em frente. Não fique empacado na crítica ou no conflito. Pense no que essa situação representará daqui a um mês, um ano, dez anos ou cem anos. Nesse último caso, não terá mais nenhuma importância, afinal, ninguém sai desta vida vivo!

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Autor: Dr. Cyro Masci
CREMESP 39126
Psiquiatra RQE CFM 9738

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CREMESP 39126
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